M. Terrestris
É o maior mamífero terrestre do Brasil e o segundo da América do Sul, tendo até 300 quilos de peso e 242 centímetros de comprimento. Se diferencia das outras espécies do gênero Tapirus por possuir uma crista sagital proeminente e uma crina. Apresenta uma probóscide, que é usada para coletar alimento. É o último animal da megafauna na Amazônia e possui uma dieta frugívora, e tem um papel importante na dispersão de sementes, principalmente de palmeiras. Seus predadores são grandes felinos como a onça-pintada (Panthera onca) e a onça-parda (Puma concolor). É um animal solitário e vive em territórios de 5 quilômetros quadrados de área, em média. A anta tem reprodução lenta, com uma gestação que pode durar mais de 400 dias e parem apenas um filhote por vez, que pesa entre 3,2 e 5,8 quilos. Podem viver até 35 anos de idade.
Alimentação:
ISão animais frugívoros, muito importantes na dispersão de sementes, engolindo-as e depois as liberando pelas fezes.Forrageiam principalmente em clareiras ou em áreas próximas a cursos d'água. Estudos na Venezuela mostraram que a anta prefere comer plantas em clareiras ou em floresta secundária, como forma de evitar as defesas das plantas (como espinhos) em áreas com vegetação mais densa.
Podem se alimentar de até 42 espécies de vegetais: em fragmentos de Mata Atlântica, as mais frequentes são das famílias Rubiaceae, Melastomataceae e Arecaceae. Na parte brasileira da Amazônia, a alimentação se constitui principalmente de frutos e sementes de plantas da família Fabaceae, Araceae e Anacardiaceae. Mas, de forma geral, a anta possui preferência pelos frutos de palmeiras, como o buriti (Mauritia flexuosa), o palmito-juçara (Euterpe edulis), o jerivá (Syagrus romanzoffiana), o inajá (Attalea maripa) e o patauá (Oenocarpus bataua).
No Cerrado e em zonas de transição dessa vegetação com a Mata Atlântica, a anta se alimenta predominantemente de folhas e brotos. Mesmo nessas regiões, pode se alimentar de pequenos frutos de rubiáceas e melastomatáceas, já que são maioria nos estratos mais baixos da floresta. Em regiões alagadas do Pantanal e da Amazônia, se alimentam de plantas aquáticas.No Peru, confirmou-se a predominante frugivoria da anta, já que até 33% da dieta era composta por frutos: é uma porcentagem alta para um não ruminante.Nesse habitat, a anta costuma forragear em florestas de palmeiras, se alimentando principalmente de frutos de buriti (M. flexuosa). Nesse mesmo estudo, foi mostrado que os frutos ingeridos pela anta têm entre 1 a 3 milímetros de diâmetro, alcançando no máximo 50 milímetros
Distribuição Geográfica: